zzzzzzzzzzzzzSBT e Audiência

Quem acompanha o noticiário de televisão sabe que a falta de galãs na faixa dos 30 é uma das queixas mais frequentes nas emissoras. Por isso — mas não só por isso — fez tanto sucesso o surgimento de Mateus Solano, o Ronaldo Bôscoli da minissérie “Maysa”. Ele é um ator com star quality, jovem, mas já esbanjando talento e muito seguro em cena. Se quiser vai longe. O programa tinha investido principalmente na sua protagonista, Larissa Maciel, outra desconhecida do público de TV. Larissa se saiu muito bem, mas Mateus foi a grande surpresa positiva.
Digo isso para dar um exemplo de um fenômeno cada vez mais comum: nem sempre a aposta mais óbvia é a que se revela a mais acertada no final das contas. Veja o caso de Ísis Valverde em “Beleza pura”. Já no primeiro terço da história de Andrea Maltarolli, ela, que tinha uma personagem divertida mas não a principal, roubou totalmente a cena. O público ficou capturado pela Rakelly. Tudo o mais passou para segundo plano.
Em “A favorita”, que chegou ao fim na semana passada, as atenções não foram roubadas por algum novato. Mas ficaram divididas. Cauã Reymond, $ator que veio de “Malhação”, surpreendeu como o Halley e deixou para trás definitivamente qualquer dúvida sobre seu talento. Durante muitos capítulos, a novela foi dele. Há outros exemplos parecidos, como o de Camila Pitanga e Wagner Moura, que entraram para a História da teledramaturgia com a Bebel e o Olavo de “Paraíso tropical”.
Tudo isso para concluir que a televisão, embora muitas vezes se repita, também navega de acordo com um movimento natural de renovação. Ele possui vida própria, para além do que seus próprios criadores esperam. E salve a surpresa.