Está chegando a hora dos campeonatos estaduais, que dão o pontapé definitivo para a temporada de 2009 no futebol na TV.
Algumas novidades em relação à última temporada: no Carioca, a Band passa a mostrar os jogos, em esquema igual ao feito no Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana; no Paranaense, a RPC (Globo) tem a volta do Atlético, que encerrou o veto à transmissão de seus jogos; no Sergipano, a Atalaia (Record) foi desbancada pela Aperipê TV (do Governo do Estado, retransmissora da TV Brasil); o Paraense, que normalmente não é televisionado, agora será mostrado pela Cultura, que adquiriu os direitos por cinco anos; e o Sul-Matogrossense passará na Agromix (canal pago local).
Mas a briga relativa ao Catarinense é que ainda tira qualquer um do sério. Já falei dela neste espaço em colunas anteriores, nelas comparando a situação à briga SBT x Globo no Paulista de 2003. Retiro todas aquelas comparações. O rolo de seis anos atrás é brincadeirinha inocente de bebês perto do que RBS (Globo) e RIC (Record) protagonizam agora. Resumindo a história: a RIC herdou em 2008 um contrato da extinta Record/SC, vigente até 2009. A RBS pressionou para retomar o certame e, com o apoio dos clubes e da Federação, anunciou a exibição. Mas o contrato em vigência não foi rescindido.
Na véspera do início do campeonato, decisão judicial favoreceu a RIC, assegurando a ela a transmissão exclusiva em canal aberto. A RBS - que, em ato de "gênio", trocou o primeiro jogo do campeonato apenas na semana da estréia, ao se tocar que não poderia exibir Joinville x Criciúma devido à grade de domingo da Globo ainda ser a de verão, sem futebol - tentou recorrer, mas não foi suficiente. Assim, Avaí x Brusque, que foi anunciado para este sábado (menos para Florianópolis), não passou. Já a RIC anunciou para hoje, 16h, Joinville x Criciúma (menos para Joinville). Isso que a partida estava marcada para 17h, por sinal, horário dos Estaduais na Rede Record.
Conflitos judiciais à parte, certo é que não faltarão emoções nos gramados do Brasil nestes primeiros meses, com TVs locais e algumas nacionais mostrando o que acontecer neles.
Uma semana de "GE"/SP
O novo formato da edição paulista do "Globo Esporte" causou grande repercussão. Houve falhas técnicas diversas, praticamente todos os dias houve ao menos uma. Mas o saldo acredito ser positivo, pela dinâmica empregada no jornal e pela boa e espontânea condução do Tiago Leifert. Por outro lado, a edição nacional teve uma semana curiosa, com um rodízio de apresentadoras (Glenda Kozlowski segunda, quinta e sexta; Cristiane Dias terça e ontem; e Mylena Ciribelli na quarta). A mudança na separação de SP da rede foi sentida também no RJ, cujo primeiro bloco voltou a ser essencialmente regional.
Tragédia no Sul
A tragédia que deixou o Brasil de Pelotas de luto mobilizou as TVs gaúchas, que deslocaram profissionais da Capital para fazer coberturas especiais, principalmente para as redes nacionais. A maior foi da RBS, que, além de usar sua equipe na cidade, enviou da Capital o narrador e apresentador local do "GE" Paulo Brito, a repórter Débora de Oliveira e duas profissionais do jornalismo geral (Daniela Ungaretti, apresentadora do "Bom Dia Rio Grande", que participou também do "Jornal do Almoço" e do "RBS Notícias"; e Patrícia Cavalheiro, que fez a reportagem do "Jornal Nacional").
A Band deslocou seu repórter, apresentador e narrador Gustavo Berton para Pelotas, onde não possui emissora local. As outras emissoras recorreram a repórteres do geral (na Record, Andrei Rossetto - que somou-se à cobertura feita pela TV Nativa, afiliada em Pelotas, e gravou o material do "Jornal da Record"; e no SBT, que não tem repórteres esportivos e nem emissora na cidade do Xavante, Daniela Silva Pinto, que cobriu para o "SBT Brasil"). Mobilização que ninguém deseja que aconteça, por envolver um fato triste e chocante, onde três vidas foram perdidas e muitos ficaram seriamente feridos.
Momento Raridade Rara
Este é sensacional: vejam abaixo a abertura da transmissão da Globo para Cruzeiro 2 x 0 Flamengo, pela Copa União de 1989, penúltimo jogo de Zico pelo rubro-negro. A narração é de Rogério Amaral (então repórter e segundo narrador da RBS de Porto Alegre, atualmente com um programa próprio de entrevistas no Canal 20 da Net local), comentários de Raul Plassmann (ídolo justamente dos dois clubes e, atualmente, comentarista da RPC, mas neste início de ano a serviço do Sportv no RJ) e reportagem de Paulo Lima (que recentemente trocou a reportagem pelos comentários em Sportv e Globo News). O árbitro foi o hoje global Renato Marsiglia.
na Telinha
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